O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica comum que afeta pessoas de todas as idades, caracterizada por sintomas como impulsividade, desatenção e hiperatividade.
Durante anos, tem sido objeto de estudo e debate intenso entre pesquisadores, médicos e educadores. Uma das questões mais fundamentais nesse campo é entender se o TDAH é resultado de fatores genéticos, ambientais ou uma interação complexa entre ambos.
Nesse artigo, falaremos sobre isso e muito mais. Continue lendo…
Fatores Genéticos: As Fundações do TDAH
Há extensas pesquisas que sugerem fortemente que o TDAH tem uma base genética significativa.
Estudos em famílias, gêmeos e adotados indicam haver uma herança genética para o transtorno.
Por exemplo, há presentes estudos sobre gêmeos que identificaram uma concordância maior para o TDAH do que em gêmeos idênticos (que compartilham 100% de seus genes). E mais do que em gêmeos fraternos (que compartilham apenas cerca de 50% de seus genes).
Além disso, outros estudos de ligação genética e análises de genes candidatos identificaram várias regiões do genoma que parecem estar associadas ao TDAH.
Essas descobertas sugerem que uma série de genes pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno, cada um com um pequeno efeito individual, mas combinados podem aumentar o risco.
Embora os fatores genéticos desempenhem um papel crucial no desenvolvimento do TDAH, o ambiente também é um componente importante a ser considerado.
Fatores como exposição a toxinas ambientais, nutrição inadequada durante a gestação, trauma precoce, estresse familiar e experiências adversas na infância podem influenciar a expressão dos genes relacionados ao TDAH.
Estudos epidemiológicos mostraram que fatores ambientais, como tabagismo materno durante a gravidez, complicações no parto, exposição a chumbo e outros metais pesados, bem como trauma cerebral, podem aumentar o risco de desenvolver TDAH em crianças.
Esses fatores ambientais podem interagir com predisposições genéticas subjacentes, amplificando o impacto sobre o desenvolvimento do transtorno.
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Guia para Compreensão e Manejo do TDAH da World Federation of ADHD
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Características
Cor | Silver |
Edição | 1ª |
Idioma | Português |
Número de páginas | 142 |
Data da publicação | 2019-05-27 |
Agora, talvez você esteja de perguntando:
TDAH Passa de Pai para Filho
Sim, há fortes evidências que sugerem que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser herdado dos pais.
Estudos genéticos, incluindo análises de famílias, gêmeos e adoção, mostraram consistentemente uma tendência familiar para o TDAH. Isso significa que as crianças de pais com TDAH têm um risco maior de desenvolver o transtorno em comparação com crianças sem histórico familiar da condição.
Os estudos de gêmeos, em particular, são instrutivos nesse sentido. Gêmeos idênticos, que compartilham 100% de seus genes, têm uma concordância maior para o TDAH do que gêmeos fraternos, que compartilham apenas cerca de 50% de seus genes. Isso sugere que há uma influência genética substancial no desenvolvimento do TDAH.
No entanto, é importante ressaltar que o TDAH é uma condição multifacetada que surge da interação complexa entre fatores genéticos e ambientais – como apresentado acima.
Embora a predisposição genética aumente o risco de desenvolver o TDAH, fatores ambientais, como exposição a toxinas, trauma cerebral ou experiências adversas na infância, também desempenham um papel importante na expressão do transtorno.
Enquanto o TDAH pode ser herdado dos pais, o quadro completo de desenvolvimento e manifestação do transtorno é influenciado por uma variedade de fatores genéticos e ambientais.
Uma abordagem holística para entender e tratar o TDAH reconhece essa interconexão entre genes e ambiente. Ao adotar uma perspectiva abrangente, podemos avançar no diagnóstico precoce, intervenções eficazes e apoio apropriado para aqueles afetados pelo TDAH. E mais, trazer uma melhor qualidade de vida para pessoas que vivem com esse transtorno.