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TDAH & Neurodivergentes

Entendendo a Disforia Sensível à Rejeição no TDAH

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 21 de janeiro de 2025
Entendendo a Disforia Sensível à Rejeição no TDAH
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A Disforia Sensível à Rejeição (DSR) é um termo que tem ganhado atenção entre profissionais de saúde mental e pessoas diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Embora não seja oficialmente reconhecida em manuais diagnósticos como o DSM-5, ela descreve um conjunto de experiências emocionais extremamente intensas relacionadas à percepção ou medo de rejeição, críticas e desaprovação.

A DSR pode ser entendida como uma reação emocional desproporcional a situações que envolvem rejeição ou críticas, sejam elas reais ou imaginárias.

Pessoas com TDAH frequentemente relatam sentir um impacto emocional intenso, que pode incluir sentimentos profundos de vergonha ou culpa, ansiedade ou tristeza esmagadora, episódios de raiva ou frustração e evitação de situações sociais por medo de rejeição.

Essas reações podem interferir significativamente na qualidade de vida e nas relações interpessoais, muitas vezes levando a um ciclo de isolamento e baixa autoestima.

Vamos aprofundar ainda mais esse tema.

O que é a Disforia Sensível à Rejeição (DSR) para um TDAH?

Pessoas com TDAH frequentemente relatam sentir um impacto emocional intenso, que pode incluir os seguintes sintomas:

  • Sentimentos profundos de vergonha ou culpa;
  • Ansiedade ou tristeza esmagadora;
  • Episódios de raiva ou frustração;
  • Evitação de situações sociais por medo de rejeição.

Essas reações podem interferir significativamente na qualidade de vida e nas relações interpessoais, muitas vezes levando a um ciclo de isolamento e baixa autoestima.

O TDAH não é apenas um transtorno de atenção e hiperatividade; ele também afeta a regulação emocional. Indivíduos com TDAH tendem a experimentar emoções de forma mais intensa e a demorar mais para se recuperar de experiências emocionais negativas.

Isso torna a DSR uma experiência comum para muitos com esse transtorno. Além disso, o medo da rejeição pode ser amplificado por experiências passadas de críticas ou fracassos, frequentes para pessoas com TDAH devido às dificuldades em atender às expectativas sociais, acadêmicas ou profissionais.

A DSR pode manifestar-se em diversos aspectos da vida: nas relações pessoais, sentir-se rejeitado em interações triviais pode levar a conflitos ou afastamento de pessoas queridas; na vida profissional, o medo de críticas pode inibir a disposição para assumir riscos ou buscar promoções; e na saúde mental, a intensidade das emoções associadas à DSR pode aumentar os sintomas de ansiedade e depressão.

A Disforia Sensível à Rejeição é uma condição real e desafiadora para muitas pessoas com TDAH. Reconhecê-la como parte do espectro de sintomas do transtorno é o primeiro passo para buscar ajuda e implementar estratégias eficazes de manejo.

Aqui estão mais algumas formas comuns de como indivíduos com TDAH lidam com esse medo da rejeição, especificamente, e estratégias que podem ser úteis para enfrentá-lo:

Evitamento

Muitas pessoas com TDAH evitam situações em que podem ser rejeitadas, como pedir um favor, iniciar relacionamentos ou até buscar novas oportunidades profissionais. Esse comportamento pode ser uma forma de autoproteção, mas também pode limitar oportunidades de crescimento.

Perfeccionismo:

Alguns tentam superar o medo da rejeição sendo excessivamente perfeccionistas, acreditando que isso os tornará imunes a críticas. Infelizmente, esse esforço pode gerar estresse e desgaste emocional.

Reatividade Emocional:

Rejeições ou críticas, mesmo leves, podem desencadear reações emocionais intensas, como raiva, tristeza ou vergonha. Isso pode levar a desentendimentos e até mesmo ao isolamento social.

Busca Excessiva por Validação:

Muitos se esforçam para agradar os outros na tentativa de evitar rejeições, o que pode resultar em colocar as necessidades alheias acima das próprias.

Embora essas reações sejam compreensíveis, existem maneiras de lidar com o medo da rejeição de forma mais saudável como:

Reconheça suas Emoções:

O primeiro passo é perceber que o medo da rejeição está presente e compreender que ele pode estar amplificado devido às características do TDAH. Aceitar isso ajuda a reduzir o peso emocional.

Reestruture Pensamentos Negativos:

Pergunte-se: “Essa rejeição define meu valor?” ou “Estou imaginando o pior cenário possível sem provas?” Técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) podem ser muito úteis.

Pratique a Autocompaixão:

Lembre-se de que ninguém é perfeito e que rejeições são parte da vida. Ser gentil consigo mesmo após uma experiência negativa é fundamental para se recuperar emocionalmente.

Defina Limites Claros:

Embora agradar os outros possa parecer uma solução, aprender a dizer “não” e priorizar suas próprias necessidades ajuda a construir relacionamentos mais saudáveis e a evitar desgastes emocionais.

Trabalhe a Exposição Gradual:

Comece enfrentando pequenas situações que envolvam rejeição ou críticas, como pedir feedback em um ambiente seguro. Aos poucos, você se sentirá mais confiante.

Busque Suporte Terapêutico:

Um terapeuta pode ajudar a explorar a origem do medo da rejeição, ensinar técnicas de regulação emocional e criar estratégias personalizadas para enfrentá-lo.

Conecte-se com Outras Pessoas com TDAH:

Compartilhar experiências com quem entende os mesmos desafios podem ser transformador e oferecer um espaço seguro para validar suas emoções.

Lidar com o medo da rejeição no TDAH exige prática e paciência. Com estratégias adequadas, é possível reduzir a intensidade desse medo e construir uma maior resiliência emocional. Rejeições fazem parte da vida, mas elas não precisam definir quem você é ou limitar suas conquistas.

Agora, vamos voltar um pouquinho sobre como tratar a disforia.

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Como Tratar a Disforia Sensível à Rejeição

A Disforia Sensível à Rejeição (DSR) pode ser tratada por meio de uma abordagem multidisciplinar que combina intervenções psicológicas, médicas e mudanças no estilo de vida.

A começar pelas terapias como a Cognitivo-Comportamental (TCC) ajudam a identificar e reestruturar pensamentos automáticos disfuncionais, enquanto a Terapia baseada em Aceitação e Compromisso (ACT) ensina a aceitar emoções difíceis e focar em ações alinhadas aos valores pessoais. A psicoterapia centrada na autocompaixão também fortalece a autoestima e reduz reações emocionais intensas.

Caso sinta necessidade, os medicamentos usados no tratamento do TDAH, como estimulantes ou não estimulantes, podem melhorar a regulação emocional e minimizar as reações relacionadas à DSR. Em casos específicos, antidepressivos podem ser prescritos para lidar com sintomas associados, como ansiedade e depressão.

Outra prática interessante é fazer mindfulness, pois esse tipo de meditação pode ser útil para desenvolver consciência emocional e reduzir reações impulsivas a situações de rejeição, enquanto o treinamento em habilidades sociais e técnicas de respiração ajudam a interpretar melhor interações sociais e controlar momentos de estresse.

Além disso, ter um estilo de vida também desempenha um papel importante: garantir um sono adequado, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação equilibrada podem melhorar o humor e a capacidade de lidar com desafios emocionais.

Por fim, garantir uma rede de apoio é essencial. Participar de grupos ou comunidades de pessoas com TDAH e compartilhar experiências pode trazer conforto e insights práticos. Envolver amigos e familiares no processo, explicando como a DSR afeta você, permite que eles ofereçam suporte de forma mais construtiva.

Com o suporte adequado, incluindo terapia, medicação quando necessário e práticas de autocuidado, é possível gerenciar os impactos da DSR e viver de forma mais equilibrada.

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