Medicação para TDAH: tomar ou não tomar, eis a questão!
E bem provável que você sabe que quando uma pessoa é diagnosticada com TDAH uma das formas de tratamento é uma medicação, sendo recomendada por muito especialistas.
Mesmo que você não queira tomá-lo a longo prazo, os medicamentos podem ajudar a controlar o seu comportamento para os problemas poderem ser resolvidos. Eles precisam ser administrados regularmente e com cuidado, e você não deve iniciar ou interromper qualquer medicação sem a supervisão do seu médico. Vamos falar sobre eles e muito mais.
Qual a Medicação para TDAH é Usada?
Quase todos os medicamentos para TDAH são estimulantes. Dizem que eles funcionam aumentando a dopamina no cérebro, que está implicada em sensações como prazer e motivação.
No Brasil, existe somente 3 marcas de medicamentos para TDAH (pelo menos, enquanto escrevo esse artigo) e as doses devem ser administradas com o médico porque elas podem (e algumas dão mesmo — como sono, falta de apetite) efeitos colaterais.
As doses para adultos e crianças também diferem e somente um médico pode indicar a melhor. Portanto, nunca tome os remédios para TDAH sem prescrição médica, até porque nos Brasil eles são considerados remédios controlados e precisam de receitas para adquiri-los em farmácia.
E o tratamento do TDAH não inclui somente remédio. A medicação é uma opção e muita coisa influencia na sua decisão de tomar ou não remédio, como, por exemplo, saber que todo mês tem uma despesa a mais, que não é barata, de remédio para controle do transtorno.
Existe também outras formas de tratamento que uma pessoa com TDAH pode fazer uso e ajudam no gerenciamento do transtorno. São eles:
Terapia
A terapia regular pode ser útil, especialmente se o terapeuta aplicar métodos específicos para a pessoa, com TDAH.
Alguns pacientes preferem somente usar a terapia comportamental, já que ela é muito eficaz no tratamento, e não administrar remédio.
Uma possibilidade pode ser também, caso tenha essa possibilidade de investir na sua saúde, ter o acompanhamento do seu terapeuta e o seu médico, fazendo assim uso de medicamentos em conjunto com as sessões de terapia.
Dessa forma, você potencializa o seu tratamento e tem resultados mais consideráveis, fora o acompanhamento de 2 profissionais de saúde distintos que te guiarão melhor pelos seus desafios diários com o TDAH.
Dieta
Não chega a ser um tratamento com muitos efeitos como a terapia e/ou medicamento, porém ajustar a sua alimentação pode ajudar no gerenciamento do TDAH.
A ingestão de alimentos que tiveram a exposição a pesticidas pode enfatizar o desenvolvimento do TDAH. Se possível, prefira na sua edita alimentos orgânicos.
Alimentos integrais e frescos, inclua muitas frutas e vegetais, também são importantes, pois não envolvem o uso de conservantes, cores artificiais e sabores artificiais. Esses aditivos alimentares também podem estar ligados a sintomas de TDAH.
Cortar o açúcar, gordura trans e elimine o glúten também podem trazer alívio sintomático.
Estilo de Vida
Pessoas com TDAH são sensíveis ao ambiente, o que significa que pequenas mudanças e interrupções em suas rotinas diárias (mudanças que os adultos sem TDAH dificilmente percebem) podem parecer esmagadoras e desconcertantes.
Portanto, tentar manter uma rotina consistente é muito importante. Caso isso seja um desafio para você, considere desenvolver essa atividade em sessões de terapia.
Outra coisa que você deve colocar na sua rotina é o exercício físico porque ele aumenta a produção de substâncias químicas “boas” do cérebro, substâncias químicas que geralmente estão ausentes ou com mau funcionamento em indivíduos com TDAH. Além disso, o exercício queima um pouco dessa energia inquieta.
O exercício regular é um aspecto importante da saúde para todos, portanto, esta é uma boa mudança de estilo de vida que você pode adotar.
Impossível falar de exercício físico sem tocar em outra coisa tão importante quanto: a qualidade do seu sono.
Estabelecer horários regulares para dormir que permitam um sono adequado pode ajudar. Pessoas com TDAH são notoriamente difíceis de dormir, mas a regularidade e uma rotina para isso podem ajudar a desenvolver o habito. Fora que ao estar cansada de ter gastado um pouco da sua energia abundante com a atividade física, vai também impactar diretamente na hora que você estiver tentando dormir.
E para finalizar esse topico sobre tratamento / qualidade de vida das pessoas com TDAH, o tempo ao ar livre ajuda a aliviar os sintomas do TDAH.
“Transtorno de Déficit de Natureza” está se tornando um termo aceito atualmente. Curiosamente, há evidências de que a privação da natureza pode, de fato, desempenhar um papel no TDAH.
Aparentemente, quanto mais verde, melhor, pois ambientes externos como estacionamentos não parecem ter o mesmo efeito positivo que ambientes externos que incluem árvores, grama e outros elementos naturais. Entao não deixe de colocar na sua agenda tempo ao ar livre e/ou em contato com a natureza.
E por fim, não menos importante:
Qual Medicação para TDAH Tem no SUS?
No Brasil, enquanto esse artigo está indo para o ar, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) gratuitamente, sendo eles estimulantes e não estimulantes. Ou seja:
- Metilfenidato: medicamento estimulante mais utilizado no tratamento do TDAH. Pode ser encontrado em diferentes formulações de liberação imediata e de liberação prolongada, permitindo ajustes individualizados na dosagem e duração do efeito.
- Dexmetilfenidato: também é um estimulante do tipo metilfenidato, mas com duração de ação mais prolongada, o que pode proporcionar uma cobertura mais estendida ao longo do dia com uma única dose.
- Atomoxetina: este é um exemplo de medicamento não estimulante usado no tratamento do TDAH. Pertence a uma classe de medicamentos conhecida como inibidores seletivos da recaptação de norepinefrina (ISRN) e não é considerado um estimulante.
É importante ressaltar que a disponibilidade e a lista de medicamentos podem variar ao longo do tempo e conforme a região do Brasil.
Além disso, o tratamento do TDAH deve ser feito sob a orientação e supervisão de um médico especialista, como um psiquiatra ou neurologista, que avaliará as necessidades individuais de cada paciente e ajustará a medicação conforme a resposta ao tratamento e a ocorrência de efeitos colaterais.
O SUS também pode oferecer outras opções de tratamento para o TDAH, incluindo terapias comportamentais, psicoterapia, orientações educacionais e suporte psicossocial.
O tratamento mais adequado dependerá das características e necessidades específicas de cada pessoa com TDAH.