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Sexualidade & LGBTQIAPN+

Amor NÃO Tem Rótulos: 15 Frases Bifóbicas para Você Parar de Falar a Partir de Agora

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 4 de agosto de 2023
Amor NÃO Tem Rótulos: 15 Frases Bifóbicas para Você Parar de Falar a Partir de Agora
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Nesse artigo, vamos quebrar alguns preconceitos contras as pessoas bissexuais a partir das frases bifóbicas que são compartilhadas no nosso dia a dia.

Entenda o porquê elas carregam preconceitos ao lê-las abaixo.

E você pode romper o preconceito, ao continuar estudado esse tema, nesses outros artigos complementares a esse:

Agora, conheça as frases bifóbicas e saiba como quebrar seus estereótipos:

A bissexualidade não existe

Ah, sério? Baseado em quais dados científicos você afirma isso? Quantos estudos você leu e estudou que comprovaram essa argumentação? 

Não importa qual é a sua orientação afetiva-sexual, respeitar a orientação das demais pessoas que não é igual à sua, é o básico do básico que se espera das pessoas para vivermos em uma sociedade democrática.

A bissexualidade existe sim! Inclusive, tem mais: orientação afetiva-sexual não é sinônimo de putaria, mas sim uma simples orientação afetiva-sexual. 

Então se você sabe que existem gays, pansexuais, lésbicas, logo… Existe também a bissexualidade.

Não é porque vivemos em uma sociedade monossexual que devemos ser preconceituosos com o outro que se orientou sexualmente a se relacionar com pessoas de gênero iguais e opostos ao seu.

Se você quer espaço e respeito para viver a sua orientação afetiva-sexual, seja ela qual for, você também deve dar o mesmo para as pessoas bissexuais. 

Afinal, é assim que se constrói uma sociedade justa e igualitária para todos, todas e todes. 

Isso não passa de uma frase

(Variação da frase: “Bissexual não é uma fase?”)

Resolvi repetir essa frase para acrescentar aqui o seguinte:

Essa frase reflete o famoso mito que “ser bissexual é estar confuso”, enquanto, na verdade, ser bissexual é estar liberto para viver as relações, com pessoas de gêneros diferentes, porque lhe dão felicidade, prazer, paz e amor.

Ninguém conhece a sexualidade do outro melhor do que ele mesmo e supor que é uma fase, é querer desmerecer toda a sua vivência sentimental, sexual e estilo de vida que a pessoa desenvolve ao longo da própria vida.

E aqui, não cabe nem a mensagem de que é sua opinião. Ninguém sai desmerecendo o heterossexual ao dizer que “é uma fase”, não é? 

Então por que você faz o mesmo com as pessoas bissexuais?

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Deve ser difícil manter-se monogâmica

Conheço bissexuais que estão em um relacionamento homossexual hoje e está tudo maravilhoso. 

Como também conheço bissexuais que estão se relacionamento heterossexualmente com as pessoas e está também maravilhoso. 

Assim como conheço bissexuais estão se relacionando de forma homossexual com o outro e também de forma heterossexual. 

O que eu quero dizer é que não existe regra para as vivências bissexuais das pessoas… E querer colocar todo mundo em uma caixinha, é assim ou assado, “ser monogâmica é difícil” ou não, é um pensamento bem preconceituoso e que demonstra total falta de respeito pelas pessoas. 

Além disso, o que faz você supor que ser bissexual é estar ligado na promiscuidade 365 dias do ano? 

Ser promíscuo não é uma questão de orientação afetiva-sexual, mas sim de comportamento. Portanto, você pode ter pessoas heterossexuais mais promíscuas do que uma bissexual.

Será que você consegue perceber o quanto é bifóbico ao desfilar essa frase “de forma inocente” para uma / um bissexual?

Pois bem, essa é a hora de começar a repensar no que está dizendo e como está dizendo para quem está ao seu redor. 

Você gosta mais de um do que do outro, não é?

É interessante como uma pessoa acredita que ser bissexual é ter uma preferência por um gênero e/ou ela tem que realmente escolher, entre se relacionar com um gênero ou outro. E não que a orientação afetiva-sexual de uma pessoa bissexual atua em duas frentes. 

Isso faz parte, mais uma vez, de uma visão monossexual das relações, na qual as pessoas têm que escolher entre uma pessoa e/ou orientação afetiva-sexual e não aceita haver quem possa viver uma vida bissexual. 

É o mesmo que você querer desqualificar uma pessoa por ser heterossexual só porque achou o Rodrigo Santoro um cara bonito e não a Maria Fernanda Cândido.

Agora, levando isso para a questão bissexual: não é porque uma pessoa achou o Rodrigo Santoro bonito e Maria Fernanda Cândido não, que ela está escolhendo um homem para se relacionar.

Achar alguém bonito não é sinal que você deva classificá-la em alguma orientação afetiva-sexual, até porque, muitas vezes, você só está enfatizando uma verdade para si mesmo / mesma. E isso não tem absolutamente nada a ver com a bissexualidade.

Beleza é uma coisa. Orientação afetiva-sexual é outra. 

Perguntar para uma pessoa bissexual o que ela escolhe em relação aos gêneros que ela se envolve é falta de respeito e conhecimento. Afinal, ela pode se relacionar com o gênero que quiser e isso não diz respeito a você.

Quando você se casar, quer dizer que você vai virar hétero ou gay?

Primeiramente, ninguém vira bissexual, assim como ninguém vira gay, ninguém vira pansexual e ninguém vira heterossexual, de acordo com psicologia, é por isso que qualquer orientação afetiva-sexual não pode ser mudada, nem por intermédio de terapias. 

A orientação afetiva-sexual, a forma como você se relaciona com o mundo e com as pessoas, surge devido a diversos fatores biológicos – incluindo genes, hormônios pré-natais e a estrutura do cérebro. 

Logo, nem se uma pessoa bissexual se casar mais do que a Gretchen e o Fábio Jr. juntos, ela não vai virar heterossexual ou gay / lésbica. 

Ela é bissexual e continuará sendo, portanto, a respeite como alguém que se relaciona tanto com homens quanto com mulheres. 

Bem mais simples do que ficar querendo falar que ela virará isso ou aquilo.

Diz pra mim, você já esteve em quantos ménages?

(Variação da frase: “Tudo bem se a minha mina for bi, principalmente se ela me convidar pra um ménage“)

Aquela pergunta invasiva que transforma o outro em um objeto sexual. 

Não sei se quem faz esse tipo de pergunta se acha muito atraente sexualmente falando, mas, na verdade, é que todo tesão vai por água abaixo quando esse tipo de pergunta é realizada.

Primeiro que o sexo, diante do meu ponto de vista, não rola a partir de perguntas desconcertantes, mas sim a partir da criação de um acontecimento que gera envolvimento e atração sexual.

Portanto, pare de ser sexista, invasivo e desrespeitoso. Se alguém quiser transar e/ou fazer ménage com você, ela fará. Mas não será a partir do momento em que você se torna desrespeitoso com o próximo.

Por que você não se assume gay logo?

(Variação da frase: “Por que você não se assume lésbica logo?”)

Novamente, você está conhecendo uma pessoa bissexual pelo viés de que ela precisa ser isso ou aquilo. E não que ela é bissexual e pronto.

Além disso, é muito chato ficar falando para as pessoas saírem do armário. Se alguém quiser se assumir alguma coisa, ela vai se assumir. Portanto, pare de pressioná-la, é muito chato. 

Primeiro, porque isso não diz respeito a você, mas sim ao que uma bissexual quer fazer da vida dela e da forma que ela se sentir confortável.

Depois, sendo algo privado dela e você não tem direito de tirá-la do armário – isso é, se na cabeça dela (ou será só na sua?) isso ainda exista.

Respeite o outro e pare de o pressionar para agir assim ou assado. 

Se coloque no lugar da pessoa, se pergunte se gostaria de alguém “no seu pé”, pedindo para você falar para fulano ou ciclano algo que é só seu, então, por que você está fazendo isso com o outro?

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Ninguém apanha por ser bi, já que não existe leitura bi

Não é porque alguém não apanha que ela não sofre preconceito, certo? 

Principalmente quando existem muitos estudos e dados estatísticos sobre o preconceito contra bissexuais no Brasil e no mundo – inclusive, textos importantes relacionados ao apagamento das pessoas bissexuais. 

Ser oprimido da sociedade e, inclusive pela comunidade LGBTQIAPN+, vem de diversas formas e não só pela agressão física, viu!

Bi não sofre nada em relacionamento hétero

Quem disse que uma pessoa bissexual está em um relacionamento heterossexual e a vida dela está perfeita e/ou ela tirou a “sorte grande”?

Relacionamentos são relacionamentos e você não consegue prever se ele vai se tornar abusivo com o passar da convivência e/ou terá um namorado criminoso que estuprará a sua parceira.

É muito complicado você supor a vivência das pessoas sem saber o que elas estão passando, né?

Ninguém nunca morreu por ser bi

Peraí, então toda invisibilidade, preconceito e bifobia só é válida a partir da morte de alguém?

Claro que não, né… Que frase mais sem sentido!

Um pouquinho de consciência e análise da mensagem que está dizendo não faz mal para ninguém e evita esse tipo de discurso ultra bifóbico. Fique ligado aí!

Bifobia não existe porque seria heterofobia + homofobia. E heterofobia não existe

A bissexualidade é uma orientação afetiva-sexual que não tem nada a ver com a “junção da homossexualidade com a heterossexualidade”. 

Ao contrário, a bissexualidade está ao lado da homossexualidade e heterossexualidade, como uma das definições de orientação afetiva-sexual, sendo totalmente independente da existência das demais. 

Logo, não tem o menor nexo essa frase. 

Bifobia não existe, você sofre retalhos de lesbofobia

Novamente, a bissexualidade não é “retalho” de outra orientação afetiva-sexual.

Cada orientação afetiva-sexual tem a sua própria vivência e desafios. 

E a comunidade LGBTQIAPN+ acaba agregando orientações invisibilizadas socialmente, mas isso não quer dizer que uma seja a continuação da outra, ou ainda, uma parte dela. 

Reconhecer que somos diversos e que há mil outras orientações afetivas-sexuais, independentes da homossexual e heterossexual, faz parte de sermos quem somos, diversos e respeitado cada pessoa que está convivendo conosco na sociedade. 

Bifobia não existe, bis tem privilégio hétero

Como já disse acima, não tem como bissexuais terem privilégios de hetrossexuais, sendo que essas pessoas não são héteros.

E se algum / alguma bissexual se passou por heterossexual, assim como gays e lésbicas já fizeram (eu posso dizer por experiência própria), foi porque não estávamos nos sentindo seguros e em um espaço confortável para falar quem somos verdadeiramente.

Voltamos novamente à questão de olhar a bissexualidade por um viés de ser isso ou aquilo, e não pela totalidade da orientação afetiva-sexual de uma pessoa.

Uma pessoa bissexual sofre, antes de tudo, por ser LGBTQIAPN+, assim como um gay, uma lésbica, uma / um trans, queer, etc. 

É importante olharmos a bissexualidade pela vivência e desafios bissexuais, e não de uma relação lésbica, pois a pessoa não é lésbica, né!

Bifobia não existe porque todo bi é lido como hétero

Primeiro, é lido por quem? Pela sociedade? Ou pela comunidade LGBTQIAPN+? Ou ainda por ambos?

É bem complicado falar que a bissexualidade é lido como heterossexual, sendo que boa parte da comunidade LGBTQIAPN+ (e até heterossexual) sabe que ser bissexual não tem nada a ver com ser hétero.

Inclusive, há bissexuais mais masculinizadas, assim como bissexuais mais afeminados. Assim como há gays mais masculinizados e outros afeminados. Lésbicas afeminadas como masculinas.

Logo, se uma pessoa bissexual é lida como heterossexual, é porque você a lê dessa forma, e não como uma bissexual merece e deve ser lida. 

Existe preconceito com bis, mas não dá pra falar em opressão. E não é estrutural

Ahãm, tá bom! Primeiramente, porque a regra socialmente aceita é ser heterossexual, logo, se você foge dessa aceitação, já sofre automaticamente um preconceito – isso independente de você ser bissexual, gay ou lésbica. 

Depois, como já foi escrito acima, a sociedade tem uma “segunda regra”: ter um relacionamento monossexual. Fugiu disso é não ser certo ou praticar putaria, né?

E isso está inerente de forma consciente ou inconsciente no dia a dia das pessoas.

Além de tudo isso, ainda tem a falta de conhecimento sobre o que é ser bissexual.

Então, infelizmente, o preconceito bifóbico é uma opressão estrutural na sociedade brasileira heterossexual, monossexual, machista, xenofóbica e cisgênera.

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