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Diversidade & Inclusão

O que a sua Mãe Te Ensinou sobre Meritocracia [E Você Nem Sabe]

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 4 de maio de 2022
6 min de leitura
O que a sua Mãe Te Ensinou sobre Meritocracia [E Você Nem Sabe]
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Há alguns dias, estou tendo um debate nos comentários do YouTube com uma pessoa desconhecida que tem o seguinte posicionamento:

E só a pessoa se esforçar que ela consegue (no caso, qualquer coisa, como colaborador de uma empresa).

Não sei se você pensa assim também e se a resposta for sim, esse conteúdo foi feito principalmente para você. E deixe-me explicar o porquê tudo isso é um posicionamento levemente ofensivo.

Infelizmente, vivemos em uma sociedade desigual, em um mundo desigual. Todo mundo sabe que há muita grana na mão de poucas pessoas, ou seja, há uma distribuição de renda desproporcional.

Aliado a isso, cada um tem uma história de vida particular que gerará (ou está gerando) uma jornada (oie, Lumena! rs) também totalmente oposta. Portanto, posso me esforçar o que for, dependendo do meu ponto de partida e da minha história, só consigo acesso até X lugar.

Pode ser que, no meio do caminho, conto com a SORTE de ter contato com alguém que me “leva” mais adiante. Mesmo assim, é uma SORTE. Ou seja, é uma exceção da regra. E não A REGRA.

Obviamente não estou dizendo que somente quem avançou é porque teve sorte, até porque eu disse que PODE SER. E se você ainda não concorda comigo, deixa eu trazer alguns dados estatísticos:

  • “1º Mapeamento de Pessoas Trans da Cidade de São Paulo”, divulgado em janeiro de 2022, pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos da capital paulista, ouviu 1.788 pessoas trans e travestis. A maioria da população trans é composta por mulheres jovens, pretas e pardas, e 59% exerciam uma função remunerada durante o período das entrevistas — grande parte no mercado de trabalho informal.
  • Dados do IBGE, publicada pela “Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira 2021”, comparou dados de 2019 a 2020, apresentando que 46% da população que está desempregada é… Adivinha? NEGRA!

O que podemos tirar de conclusão, assim superficial e de primeira, sobre esses dados:

  • Trabalho formal para pessoas trans ainda é uma exceção.
  • Por que a maioria pessoas trans em trabalhos (informais) são mulheres e/ou negras?
  • Por que a população negra é a maioria desempregada? Não vivemos em um dos países mais racistas do mundo? E isso não impacta na ascensão de pessoas negras nas suas carreiras?

Peraí que o IBGE tem mais dados que podem responder algumas dessas perguntas:

  • Em 2018, a população preta ou parda ocupava 29,9% dos cargos gerenciais. Em 2019, esse índice caiu para 29,5%.

Enquanto isso…

  • Mulheres brancas correspondiam a 66,9% dos cargos gerenciais, a parcela de negras nessas posições é de 31%.
  • A diferença entre homens brancos (69,3%) e negros (28,6%) em postos de liderança é maior. Nas grandes corporações, a proporção é ainda mais desigual.

Esse texto não e para colocar negros versus brancos, não é sobre isso. Mas sim te mostrar com DADOS que mesmo que a população negra (de novo falando da REGRA e não da exceção) se esforce, ao máximo, há uma dificuldade de avanço na estrutura organizacional por causa, principalmente, do racismo. E o mesmo acontece com pessoas trans que, no caso, seria a transfobia.

Também não estou dizendo que ninguém não deva se esforçar e/ou se desenvolver como profissionalmente, mas sim que dizer que basta esforço como a solução dos problemas dos grupos de diversidade.

Sua Mãe Já Diz que Você Não E Todo Mundo

Outra coisa que precisamos conversar e falar é sobre a frase:“eu consegui, sai de XPTO… Todo mundo consegue”.

Vamos frazer o trato que TODO MUNDO deve se desenvolver as suas potencialidades, mas isso NÃO SIGNIFICA que automaticamente as pessoas vão chegar onde você chegou?

De novo, cada pessoa tem uma história a ser contada, tem os desafios pessoais e estruturais que precisam ser superados e as empresas, com mais dinheiro no rolê todo, tem grana para diminuir essas barreiras e alguns sofrimentos.

Fora que a sua mãe já diz que você não é todo mundo, ou seja: se você conseguiu, saiba que você é exceção e não a regra.

E mais, parabéns por conseguir, mas, na real, isso não muda em nada nos dados estatísticos (digo, no modo grosso). Precisamos que todo o grupo de diversidade que você pertence avance também para a gente realmente observar a mudança na prática na sociedade e também nos dados estatísticos.

Portanto, tirar a sua história como referência pode até ser inspiração para algumas pessoas, mas, desculpa, ela não passa disso. Precisamos de mudança corporativa, de políticas públicas e de entendimentos dos desafios dos grupos para se desenvolverem profissionalmente.

Precisamos que você que conseguiu, tome para si o seu papel de pessoa aliada ou de um grupo de diversidade, ao reconhecer seus privilégios e os usar a favor de ajudar mais pessoas a crescerem, minimizando assim os impactos de dores e preconceitos nos ambientes fechados.

Precisamos, acima de tudo, que pare com esse discurso meritocrático que não ajuda, no final do dia, em nada muda em que esta ali na ponta sofrendo em entrevistas de emprego porque não é branco, porque não se “parece como mulher”, porque tem uma deficiência, porque “parece sapatão”, porque “é mulher e não dará conta” e por aí vai…

As pessoas não precisam sofrer só porque você sofreu, superou tudo e mostrou o seu valor. De novo, ninguém precisa escrever uma história como a tua porque ela é exclusivamente TUA e pronto.

E você esteja disposto a sair do lugar-comum e ser uma pessoa aliada que revoluciona seu entorno, quero te apresentar um dos meus projetos queridinhos. Ele te ajudará a:

  • Saber como realizar micros impactos positivos para romper o ciclo que leva vozes diversas a serem silenciadas e violentadas pelo preconceito;
  • Acessa um passo a passo para tornar líderes e colaboradores aliados, já que é muito fácil para essas pessoas ficarem na defensiva e não se envolverem em situações de discriminação;
  • Dar os primeiros passos para as questões de diversidade corporativa e aliados.

Imagine você estar conectado COM O QUE realmente faz diferença para si como para a sua empresa?

E mais…

Usando as informações que compartilharei para aplicar já no seu dia a dia e também entender como podemos nos desenvolver como seres importantes, atuantes e revolucionários no mundo?

Ah, já adianto que o investimento para aderir é de apenas: 12 x R$ 27,81 para o acesso de 1 ano a esse curso.

↪︎ Portanto, te pergunto agora:

Você deseja receber meu convite pessoal para acessar esse projeto com processos, estratégias e táticas que as empresas e pessoas que trabalham com diversidade usam para desenvolver aliados revolucionários?

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P.S. Quando você tem informações corretas para te guiar no desenvolvimento de ser aliado e/ou desenvolver pessoas aliadas dentro da sua empresa, você encurta tempo e deixa de ter medo de ser atacado pela “militância” porque tem conhecimentos para não escorregar mais.

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