4 (+ 14 Recapitulações) Passos Simples para Você Quebrar o Preconceito Contra Transgêneros

RESUMÃO DO TEXTO

Imagine que você não se sente reconhecida ou reconhecido no corpo que você nasceu, o que você faz?

Desespera? Tenta entender? Vai buscar ajudar?

Mas, se ao ler na Internet, que uma mulher trans não conseguiu atendimento porque foi tratada erradamente pelo médico e outra foi apedrejada e morta a tiros no Ceará, entãooo…

O que você faz?

Como você age?

Como você se sente?

Esse cenário hipotético não é bem hipotético. Ele é a realidade das transexuais brasileiras e brasileiros.

Inclusive essas informações foram retiradas exatamente dos seguintes links – referências para eles nos comentários desse artigo:

• A Dor Invisível das Trans que Sofrem Violência<

• Travesti Dandara foi Apedrejada e Morta a Tiros no Ceará, diz Secretário

O universo das pessoas trans (travestis, transexuais, homens trans, mulheres trans, não-binários, transgêneros, drag queen, intersexuais, drag king, etc.) é o mais invisibilizado e o que mais sofre preconceito dentre as demais letrinhas do nosso alfabeto LGBT.

Por isso resolvi fazer esse texto para que você.

Aqui, você vai saber como criar ações, no seu dia a dia, para diminuir ou, se possível, excluir o preconceito contra transgêneros.

Vamos lá!

Se você não conhece uma pessoa trans, não sabe como ela vive, quais são suas necessidades e sonhos está mais do que na hora de entendê-las e conhecê-las.

E quando digo conhecer, leia-se:

Realmente se tornar um / uma amigo ou amiga.

Portanto a primeira e primordial dica é:

Procure realmente conhecer uma pessoa trans como um ser humano – com suas dores, alegrias, lutas, vitórias, necessidades e desejos de realizações.

Se no seu círculo não há nenhuma pessoa trans, recomendo que entre nos grupos de pessoas trans do Facebook, assista vídeos de canais T no YouTube e leia os blogs de transexuais.

Banhe-se, literalmente, de conteúdos produzidos por e para transgêneros.

A intenção aqui é você ter uma enxurrada de conhecimentos e entender que um ou uma transgênero é igualzinho a você, uma pessoa cisgênera.

Igualzinho!

Quantos e quantas artistas do universo trans você conhece?

Se não muito, não se preocupe!

Nesse texto, você irá saber ou descobrir alguns produtos culturais T.

Só que antes de te indicá-los gostaria de explicar o porquê recomendo você ir atrás de filmes, quadrinhos, livros, artistas, músicas voltadas para o universo trans.

Eu acredito que por intermédio da cultura T você vai se aprofundar no universo das pessoas trans de um jeito incrível.

E como bônus, entender a importância da visibilidade trans.

É pelo intermédio da cultura trans que você terá, um olhar mais sensível para o tema. Ou seja, é uma forma não invasiva de diminuir o preconceito contra transgêneros.

Você está, diariamente, aberta ou aberto para o entendimento da questão trans?

A discriminação precisa ser eliminada de uma vez por todas.

Para isso, você tem que…

– Questionar a raíz do seu preconceito;

– Entender que o preconceito contra transgênero é quando você não trata o outro ou a outra como igual a você, é como se você negasse o direito a cidadania das pessoas trans.

Há alguns termos e atitudes que são super e hiper transfóbicos. Logo, você nunca deve dizê-los ou fazê-los.

Ou seja, esse é o momento de você dar uma limpa no seu vocabulário e na sua vida – lembrando: não só hoje, mas para sempre.

Bora láaaaaa…

Mudando de vida em 3, 2, 1…

• Se você não sabe qual é o gênero que a pessoa se identifica, é simples: use trans;
• Não existe traveco, travecão;
• O nome de registro de uma pessoa trans só interessa para ela. Você não deve perguntá-lo e/ou escrevê-lo, isso é vexatório. A pessoa trans vai dizer o seu nome social e é esse que deve usá-los. Simples não?;
• Não existe “mudança de sexo” – ninguém muda nada. Mas sim o processo se chamada “readeaquação de gênero” (algumas pessoas trans usam também a expressão “transição de gênero” para falar sobre esse processo que elas passam. Eu SÓ uso tal frase quando uma ou um trans me fala, na minha frente) e a cirurgia é denominada como “cirurgia de transgenitalização”;
• Você seu / sua amigo / amiga cisgênero pode muito bem se envolver como uma pessoa trans, por que não? E NAO há motivos para você recriminá-los, afinal viva o amor!

Só lembrando: as pessoas se envolvem entre si pelos sentimentos que desenvolvem e não pelas suas genitálias, não é? Então não há motivos para recriminá-los ou recriminá-las se as partes estão felizes nessa relação – aliás, isso é a única coisa que realmente importa aqui, não é?

Recapitulando para Você Excluir o Preconceito Contra Transgêneros de Vez:

1. Permita-se conhecer pessoas trans e os seus universos;
2. Abra diálogos com pessoas trans;
3. Questione-se para entender as raízes e as necessidades das suas transfobias;
4. Entenda, de vez (só para começar!), que ser transfóbico é não reconhecer o direito de cidadania de uma pessoa trans;
5. Respeite como a pessoa trans se identifica para você;
6. Use SEMPRE o nome social da pessoa trans (ela irá te dizer);
7. Nunca pergunte sobre o nome de registro da pessoa trans (isso não te interessa);
8. Nunca fale “mudança de sexo”;
9. A cirurgia que uma pessoa trans faz é “cirurgia de transgenitalização”;
10. O nome do processo que uma pessoa trans passa é “processo de readequação de gênero”;
11. Eu, Maira, só uso a expressão “transição de gênero” se uma pessoa trans me fala isso (e mesmo assim não me sinto confortável em dizer, prefiro “readequação de gênero”);
12. Não seja transfóbico ao se deparar com pessoas cisgêneras se envolvendo com pessoas trans;
13. Reconheça que uma pessoa trans é igualzinha a você.

Com essas mudanças de atitudes e no seu vocabulário (e ao incentivar as pessoas ao seu redor de também fazê-las), com certeza, você já está diminuindo drasticamente o preconceito contra transgêneros.

E uma dica final:

Sempre esteja com a mentalidade de melhorar continuamente enquanto está em busca de eliminar os preconceitos da sua vida.

Então vamos juntos e juntas nessa jornada!