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Diversidade & Inclusão

Resolvendo Problemas de Preconceito e Discriminação no Curto Prazo

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 1 de março de 2021
4 min de leitura
Resolvendo Problemas de Preconceito e Discriminação no Curto Prazo
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Preconceito e discriminação: duas palavrinhas que dá arrepio em quem faz parte de algum grupo marginalizado socialmente.

Nesse artigo, eu quero te contar EXATAMENTE o que é preconceito e discriminação e como surge tudo isso – que é mais simples do que parece.

Vamos lá!

Somos um animal social: nós nos realizamos e prosperamos em sociedade. E, claro, em vários momentos tendemos a agir como as pessoas agem, como os outros agem, porque isso é benéfico para nossa sobrevivência.

O problema é quando começamos a agir conscientemente para prejudicar um outro grupo de pessoas – sim, conscientemente, nesse texto eu vou te explicar melhor sobre isso. E como se dá esse processo?

E por intermédio dos preconceitos e estereótipos.

O que é Estereótipo?

Nosso cérebro categoriza as coisas e situações porque assim ele economiza nosso tempo, nossa atenção e nos torna preparados para lidar com mudanças no ambiente. Fazemos isso o tempo todo, temos um pré-conceito de algo, de alguém e/ou de determinada situação.

Porém, categorizar nos leva a erros, principalmente quando se trata de categorizar pessoas. E fazemos isso, claro, como já dito, o tempo todo sem percebermos. Categorizamos as pessoas em grupos, isso é o tal chamado estereótipos.

O estereótipo é aquilo que acreditamos de como as pessoas são, baseado nos nossos vieses de realidade, quando fazem parte de determinado grupo. Já o preconceito é uma avaliação que temos sobre determinado grupo.

E o preconceito pode ser consciente e/ou inconsciente.

O que é Preconceito?

O pré-conceito é um conceito prévio que nos foi transmitido, de geração para geração, em um contexto social e familiar, sem refletir sobre isso e sem ter fatos que baseiam sobre isso.

O preconceito nasce da ignorância da:

  • a falta de conhecimento;
  • e do medo;
  • da falta de vivência com outras pessoas.

Tem uma frase do Leandro Karnal sobre o que é preconceito que eu gosto muito:

  • No alvo do meu preconceito está aquilo que eu desejo, aquilo que eu projeto no outro.

Somos preconceituosos porque, primeiro, é um traço cultural e depois porque queremos afastar quem difere de nós. E, por fim, também revelamos o nosso preconceito quando há insegurança e aí ficamos divididos em 2 pilares: uma parte de nós até concordamos com a vivência do outro, respeitando-a. Já outra parte tem desejo sobre aquilo que difere, portanto reprime essa sensação e, consequentemente, atacando aquilo que ela deseja.

O estereótipo e a preconceito podem levar a discriminação.

Afinal o que é a Discriminação?

A discriminação ocorre quando pessoas de um grupo são tratadas diferentes quando são percebidas como parte daquele grupo. E esse comportamento pode tanto favorecer como desfavorecer a pessoa discriminada.

A discriminação é o preconceito em ação.

Agora, como podemos romper tudo isso, já que todo mundo tem o seu preconceito?

Olhando no espelho e se perguntar:

  • Onde eu tenho preconceito?
  • Onde eu traduzo simplesmente a imbecilidade coletiva?
  • O que eu posso fazer a respeito para romper tudo isso e ter visões diferenciadas?

E um dos lugares que, hoje, ainda impera a discriminação e o preconceito é nas empresas.

E, inclusive, tem consequências jurídicas sérias, como a Bruna, da Bicha da Justiça me explicou nesse episódio do meu podcast:

Entenderemos um pouco sobre isso!

O Preconceito Nas Empresas: a Bendita LGBTQfobia

O preconceito é muitas vezes inato de uma organização tão diversa e, principalmente, de quem está trabalhando a inclusão, pois, como dito acima, somos preconceituosos por natureza.

Como se esse blog se foca em diversidade e inclusão LGBTQIA+ corporativa, falaremos sobre algo que impacta diretamente a comunidade LGBT+, seja dentro ou fora da companhia: a LGBTfobia.

Dados de 2019 (link de referência nos comentários), apresentam que a cada 19h, uma pessoa LGBT+ era morta por ser LGBT+ no Brasil. Esse número colocava o Brasil como o país que mais mata LGBT+ do mundo.

A Uol atualizou os dados de LGBTfobia no Brasil. Antes, a cada 19h, uma pessoa LGBT+ era morta. Então, agora, esse número caiu para 16h. E esses dados, o governo já sabia da sua existência desde o final de 2019.

Ou seja, entre 2011 a 2018, foram mortos 4.422 mortos LGBT no período, equivalendo a 552 mortes anualmente em média, ou uma vítima de homofobia a cada 16 horas no país.

Com a LGBTfobia criminalizada pelo Superior Tribunal de Justiça, podemos começar a ter esses dados mais precisos e precisamos cobrar mais iniciativas públicas para que tudo isso diminua.

O fato é que precisamos fazer a nossa parte, seja como pessoa física ou como empresa.

É claro que as empresas precisam trabalhar a diversidade todo e não só LGBTQIA+, mas se você criar espaços para que as pessoas se reconheçam como são já está na frente de grandes companhias do Brasil que mal saíram do lugar, infelizmente, ainda.

Para isso, o primeiro passo é precisamos entender que a DIVERSIDADE É, ou seja, ela já está na sua empresa, pois todos somos diversos.

Depois é aprofundar o debate e saber exatamente quais ações a sua companhia deve realizar porque, hoje, no Brasil, a maioria das empresas trabalha com a questão LGBT+ de modo superficial.

Ao nos reconhecermos como seres diversos, buscando respeitar essa diversidade tanto minha como do outro, seja dentro como fora de uma empresa, consigo também mudar o espaço ao meu redor.

Se isso for realizado por uma empresa, é o pontapé inicial para desenvolver uma cultura inclusiva para as pessoas que estão na empresa, e conseguindo também, de certo modo, impactá-las para pensarem e repensem nos seus padrões de comportamento, tanto dentro como fora da empresa.

Agora, temos outro ponto que precisamos nos focar:

Preconceito e Tolerância: Os Impactos no Nosso Dia a Dia

Sei que você deve estar falando:

  • Esse número é um absurdo, afinal eu, meus amigos, minha família aceitamos todos, todas e todes LGBTQIA+.

Claro que você as aceita. Mas o fato de você aceitar também não lhe dá a abertura de opinar sobre quem eu sou e o que eu faço da minha vida, principalmente em uma empresa.

O fato de eu, por exemplo, ser uma colaboradora dentro da sua companhia não te faz ditar regras DA MINHA VIDA. Estou ali enquanto uma pessoa que ajuda a sua empresa a crescer, trazendo os meus conhecimentos, vivências e experiências.

Claro que toda empresa tem uma cultura para colocar todo mundo na mesma página e saber como agir em determinadas situações, porém uma coisa é você saber disso, outra é ter uma companhia / chefes / coleguinhas querendo falar, por exemplo, que um relacionamento lésbico não é “natural”.

Esse um limite aí e ele rompe quando as palavrinhas tolerância, respeito e aceitação não são trazidas para o ambiente interno.

Aliás, aproveitaremos a oportunidade para definir o que é tolerância, respeito e aceitação:

  • Aceitar é você reconhecer o outro como ele é, sem interferir no que ele deixa ou não de fazer.
  • A tolerância é um estágio mais distanciado, em que você até conhece o outro, mas, a meu ver, não quer se aproximar e nem se deixar descobrir uma pessoa que é diversa de você.
  • E o respeito é tudo aquilo que buscamos enquanto pessoas diversas e que estamos criando um espaço de inclusão: interação, conexão e empatia.

O fato é: você, seja LGBT ou não, não tem que aceitar as pessoas. Até porque, no caso da questão LGBT+, quem deve aceitar alguma coisa são as pessoas que se relacionam entre si.

O nosso papel é desenvolvermos o nosso respeito por todas, todos e todes rompendo os nossos padrões de preconceitos, estereótipos e vieses inconscientes.

Para isso, você precisa começar a prestar atenção nas suas referências, nos seus círculos de amigos, nos conhecimentos, e, principalmente, nas suas comunicações.

Elas moldam os seus pré-conceitos sobre o mundo e as suas visões, principalmente em relação às suas comunicacaçōes.

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