fbpx

Este site usa cookies e tecnologias afins que nos ajudam a oferecer uma melhor experiência. Ao clicar no botão "Aceitar" ou continuar sua navegação você concorda com o uso de cookies.

Aceitar

Diversidade & Inclusão

Confissão: Tornei-me Top Voice LinkedIn Entrando em Altas Tretas na Plataforma

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 10 de fevereiro de 2020
10 min de leitura
Confissão: Tornei-me Top Voice LinkedIn Entrando em Altas Tretas na Plataforma
Junte-se a mais de 5.000 pessoas

Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Desde 2016, tô na rede social profissional e desde lá muita coisa mudou.

Gostaria de te contar um pouco sobre essa jornada e como, ano passado, entrei para a lista de destaque da plataforma como um dos perfis que mais engajaram em debates por lá.

Enfim, espero te explicar como tudo isso aconteceu.

Vem comigo!

Por que Escolhi o LinkedIn?

Em 2016, tava amando trabalhar em uma agência de publicidade.

Mas, ao mesmo tempo, estava sofrendo assédio moral do meu chefe que me via como alguém que poderia substituí-lo.

Comecei a monitorar onde ele não estava ativo, em qual rede social, para poder compartilhar não só o que estava passando como também algumas coisas sobre diversidade LGBT+, pois as marcas estavam saindo do armário na área de publicidade para nós.

E a conclusão foi: ele não estava no LinkedIn e no YouTube.

Descartei a possibilidade de entrar no YouTube, pois, além de equipamentos, tinha uma galera LGBT+ com canal gigante lá.

Já no LinkedIn, me parecia um mar azul de oportunidades e faltavam profissionais presentes de diversidade e inclusão – algo que concluí rapidamente ao tentar fazer conexão com pessoas dessa área e só encontrar, no Brasil, três perfis focados nessas especialidades na plataforma.

Enfim, dei um tiro certo, meio que no escuro naquela época, mas que hoje, sei que foi o certo: apostei em fazer do LinkedIn minha morada digital.

E desde então, a plataforma não se tornou a rede que mais gosto de estar presente, como um mar de oportunidades imagináveis:

  • É por intermédio dela que fecho 80% das palestras que dou sobre diversidade LGBT+ – as outras 20%, vem desse blog, via pesquisas no Google.
  • LinkedIn me permitiu a conexão com profissionais LGBT+ e que, em seguida, veio a ideia de criar camaleao.co.minha startup de soluções de diversidade LGBT+ para empresas.
    O projeto está tão bem que, em 2019, somos uma das 30 empresas participantes do Planeta Startup, um reality show, exibido pela Band e pela Sony, focado no desenvolvimento das startups.

LinkedIn foi um pai para mim.

Ele me colocou no mundo da diversidade e inclusão com foco no universo LGBT+, pois já cobria essa área, como jornalista, desde 2012 / 2013, ao fazer estágio na Revista JUNIOR, no portal Mix Brasil e no Festival Mix Brasil da Cultura da Diversidade – todas empresas com foco na comunidade LGBT+.

Mas eu sei também que o filho só cresce, cada dia mais, porque sou eu, diariamente, “quem banca a comida, a roupa e a educação” do mesmo para estar no mundo diversidade plenamente, ou melhor, na plataforma escrevendo, compartilhando e debatendo sobre diversidade LGBT+.

Ou seja, sem dedicação de minha parte também, poderia ter a plataforma abertíssima e com espaço para falar o que for que esse reconhecimento não tinha rolado.

E se eu não tivesse desenvolvido o meu posicionamento que vai contra tudo o que a galera diz que não pode fazer por lá e eu faço mesmo… Então, você não estaria lendo esse texto.

O que quero deixar bem claro é que NUNCA faço plágio do conteúdo de ninguém, não saio atacando perfil alheio e sequer vou contra as políticas da comunidade do LinkedIn. Isso tudo, inclusive, são práticas que vão contra os meus valores pessoais.

O que faço é que eu não caio na lábia da galera que diz que você não pode entrar em treta, que não deve tocar em assunto polêmicas (afinal, o que é um assunto polêmico? Falar de ser sapatão é polêmico? Oxxi, então sou polêmica mesmo e com um baita orgulho sapatômico!).

Defendo o que acredito na plataforma e simplesmente compartilho isso. Simples assim! E por não abrir mão desse posicionamento, eu…

Sempre Acreditei que Top Voice Não era Para Mim

Seria muito hipocrisia da minha te falar que nunca imaginei o meu nome presente na lista de grande visibilidade. Claro, todo mundo que produz conteúdo no LinkedIn, e está ali diariamente, já passou pela sua cabeça fazer parte de um time de Top Voice.

Só que, ao mesmo tempo, descartava rapidamente a ideia de ser uma porque sempre me achei “a treteira” da plataforma. Olhava a lista, todo ano, via uma galera muito good vibes em seus posicionamentos sendo destacadas e eu:

  • Não passo pano para o preconceito;
  • >Dou resposta atravessada SIM quando acho que alguém merece;
  • Não tenho a mínima vocação para puxar o saco da galera que vai fazer “networking” em empresas gigantes que trabalham (ou tentam trabalhar) com diversidade e inclusão;
  • Pego no pé mesmo, sempre baseando em um conceito da teoria de diversidade, de marcas que fazem ações LGBT+, são ricas e pisam na bola (como já fiz com Uber, Burger King, Itaú, Barilla, Hirota, Pão de Açúcar, Carrefour e tantas outras);
  • Entro mesmo em treta sem dó e nem piedade de ninguém.

Enfim, tenho um posicionamento muito quente que, ao mesmo tempo, me destaca na plataforma, também traz a dor de receber muitas mensagens preconceituosas, principalmente de hetéros, brancos e cisgêneros sem noções e que acreditam que o mundo é construído pela meritocracia e seus umbigos.

Esse meu posicionamento é tão íntegro e real que até minha última ex-namorada, me disse que como eu podia ser engraçada e calma no dia a dia, pois ao ver meus posicionamentos no LinkedIn, acreditava que ela iria se levantar e ir embora no nosso primeiro encontro.

Eu dei muitas risadas quando ela me contou a sua impressão sobre a minha marca pessoal.

A questão de me posicionar firmemente, online e em um espaço em que há LGBTfobia, assédio e machismo – sim, o LinkedIn, infelizmente, ainda é um espaço em que apresenta isso, mesmo a plataforma combatendo essas práticas com todas as forças – quero, na verdade, transmitir a seguinte mensagem:

Acredito nisso e sejamos todos adultos. Cada um publique o que acredita e arque com as consequências dos seus atos, inclusive eu.

E sim, eu arco com elas, viu… Tanto que já perdi palestras em que contratantes me conheceram pelo blog, depois foram ver o meu posicionamento no LinkedIn e cancelaram a minha participação nas suas empresas por causa de coisas que escrevi.

Fazer o quê, né… Azar deles.

Perderam a oportunidade de levar alguém que discute sobre LGBTfobia com muita piada, de si e do mundo, que fala sério tem horas, que faz os outros se emocionarem em outras e tem uma apresentação que, hoje, sinceramente, me orgulho de fazê-la.

Na real, com toda minha verdade, a ideia de ser Top Voice sempre foi descartada por mim, pois, como disse acima, nunca achei que teria um lugar ao Sol para mim ali.

Então o que eu fiz foi me focar em estar na rede para fechar palestras e qualquer outra coisa que acontecesse além disso seria um bônus.

Por isso que quando recebi a notícia de estar na listagem de 2019 fiquei bastante surpresa.

Ao meu ver, ser Top Voice do LinkedIn é o reconhecimento de ter se mantido firme no seu propósito e não deve ser o seu começo, meio e fim de estar na plataforma. Sequer entrar em tretas só para ter destaque, não é assim que funciona.

Suas crenças, seus valores e a forma como você se comunica tem que ser muito mais importante para você do que um título, que, sim, também tem o seu valor, mas que você pode ou não recebê-lo.

Seu propósito no LinkedIn tem que ser comunicar o que grita dentro de você.

Além de Entrar em Tretas: Mais Dicas para Você Ser Top Voice Também

Não podia deixar de dizer que esse blog surgiu da necessidade de ter um espaço meu, aprofundando em alguns temas que dão debates surreais no LinkedIn.

Recomendo fazer um blog? Sim ou não, depende de aonde você quer chegar.

Eu o tenho porque, como disse acima, ele é fundamental para fechar minhas palestras e também me posicionar no Google como autoridade no assunto: diversidade LGBT+.

As pessoas que seguem o meu trabalho e gostam do que eu publico, muitas vezes, acompanham também ele e a minha lista de e-mails que, em 2020, vem com novidades.

Da união do blog com o LinkedIn, surgiu o meu dicionário LGBT+ que já tem mais de 3.5k download e estou fazendo uma versão 2.0 com novo design e novas informações sobre esse mundo colorido – em breve, ele repaginado no ar.

Viu como uma coisa foi puxando a outra?

Ou seja, você não tem que esperar “ser alguma coisa”, “receber algum título” para só depois fazer o que tem que ser feito. A jornada é agora, ela não tem começo, meio e nem fim.

Estou feliz por estar na lista do Top Voice 2019, principalmente porque essa notícia veio um período extremamente pesado e conturbado da minha vida pessoal fazendo eu ter forças para me focar ainda mais no meu trabalho e esquecer os demais problemas.

A única coisa que vai mudar, daqui para frente, é que sei que precisarei de inteligência emocional e saco porque o número de pessoas preconceituosas aumentaram assim como, espero também, que a comunidade que debate entorno do que eu falo e é a nossa aliada também cresça cada vez mais.

Quero terminar esse texto com dicas que gostaria de ter recebido quando comecei no LinkedIn e, claro, você pode usufruir delas para, quem sabe, estar na próxima listagem de Top Voice LinkedIn Brasil.

Então… Recomendo: Faça o básico, ou seja:

  • Poste conteúdo constante e frequentemente – sem furar nenhum dia – até aos finais de semana e feriados;
  • Poste mais de uma vez ao dia – minha frequência é, no mínimo, 4 conteúdos ou, no máximo 8 (nos finais de semana e feriados, pode diminuir esse número para, no mínimo, 2 e, no máximo, 4);
  • Publiquei um novo artigo semanal no Pulse – por mais que o engajamento lá seja uma merda, isso ajuda o algoritmo a ranquear melhor os seus conteúdos na timeline e também aumenta o seu Social Selling Index (um número que mostra a sua eficácia em estabelecer a sua marca profissional dentro da plataforma);
  • Responda e/ou curta TODO MUNDO que te escreve um comentário, seja no Pulse ou na sua timeline. Isso aumenta absurdamente o seu engajamento, as pessoas sentem mais próximas de você e a sua comunidade tem uma tendência de aumentar, pois as pessoas marcam outras para entrarem no debate;
  • Altere os formatos de conteúdos publicados, já que você terá um volume de posts diários a serem compartilhados – use e abuse dos links, vídeos, imagens, textos, textos no Pulse e lives, caso essa opção seja liberada para você;
  • Não seja idiota de cair na lábia da galera que usa a imbecilidade de fazer perguntas no final dos posts / conteúdos publicados – ok, aumenta o engajamento, mas é um porreeeee ficar lendo todos os posts com perguntinhas no final (você é melhor do que isso, vai…). Seja criativo, instigue a galera do começo ao fim, pois isso que faz um conteúdo foda e não perguntinha no final;
  • Vá contra a moda do povo que inventa aumentar o engajamento a todo custo e com hacks idiotas;
  • Não existe um conteúdo que NÃO possa ser publicado no LinkedIn. Sua audiência é quem manda o que ela quer ler de você (por exemplo, se você for dono de um Açougue e quiser falar sobre carnes na plataforma, o espaço é todo seu!);
  • Faça pesquisa com as suas conexões para saber o que elas gostariam que você publicasse e se dedique a produzir o melhor conteúdo que você pode fazer para ela, a partir das ferramentas e dos conhecimentos que você tem à sua disposição;
  • NÃO DESISTA, NÃO DESISTA, NÃO DESISTA, PORRRR FAVORRRRRRRR!!!;
  • Não foque no prêmio, mas sim no seu propósito de estar ali, que é maior do que um título – se você não tem um propósito para produzir conteúdo / compartilhar a sua visão no LinkedIn, então o seu primeiro job é encontrá-lo.
  • Por fim, não mais do que importante: NÃO DESISTA, NÃO DESISTA, NÃO DESISTA.
  • Sério, cara… NÃO DESISTA, pois vai dá vontade, você vai ficar p. da vida com várias coisas, vai passar raiva em váaaaaariossss momentos, LinkedIn (algoritmo) vai te trolar e não entregará o seu conteúdo várias vezes, vai sentir um aperto no peito de querer xingar todo mundo, vai sofrer hater horrores, sua comunidade vai ficar contra você em alguns pontos (e, logo, virá uma outra notícia que mostrará que você estava certa no seu posicionamento), um milhão de vezes vai chegar na área de configurações da sua conta e entrar no espaço de deletá-la (mas não terá coragem de fazer issso), então:
  • Na real, me escuta, é sério: NÃAAAOOOO DESSSISTAAAAAA! JAMAISSSS!!!!!! NÃOOO DESSSISTA, PORRA!! POR MAIS QUE DOA E SANGRE, NÃO DESISTA! POR NADA DESSE MUNDO, OUVIU?

E uma coisa é claríssima dentro dos meus desafios, metas e desejos daqui para frente:

Eu não pretendo lançar um curso de como ser Top Voice do LinkedIn.

Para isso, você tem o curso do Matheus Souza que é incrível – foi o cara que eu moldei quando decidi ir para o LinkedIn, digo, moldei boas práticas que ele fazia, pois temos o posicionamento completamente diferente, mesmo sendo amigos no dia a dia.

Depois fiz esse curso dele e nem terminei, pois peguei 2 dicas que ele deu e coloquei em prática.

Foram elas que também me fizeram ser reconhecida, agora, como Top Voice LinkedIn 2019.

E obrigada por acompanhar a minha jornada por um mundo cheio de inclusão e cores, mesmo que seja tretando com o mundo todo.

Tudo isso é só o começo, vem muito mais por aí – inclusive novas tretas e polêmicas no LinkedIn, senão, lembre-se, não seria eu. Rs! Vamos juntes!

AHHHHHHH…..

Caso não tenha ficado claro, nesse texto, a ironia, vou explicá-la:

Entrar em tretas no LinkedIn não te torna Top Voice.

O que te torna um é ser foda para caralho em um tema e compartilhar com o mundo os seus valores / conhecimentos nessa rede social profissional.

Agora, se nesse meio tempo, se sobrar uma horinha para você entrar em uma tretinha básica, por que não? Rs. =)

Você não pode copiar o conteúdo desta página