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Diversidade & Inclusão

Guia Rápido para Quebrar Preconceito e Discriminação

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 10 de março de 2018
4 min de leitura
Guia Rápido para Quebrar Preconceito e Discriminação
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– Nossa, o mundo está tão chato com essas coisas de minorias!
– Isso é tudo mimimi…
– Tudo é razão para reclamar.

Não é novidade para ninguém que a nossa sociedade é machista, LGBTfóbica, racista, capacitista, etc. Ou, seja cheia de preconceito e discriminação infelizmente…

Também não é novidade que as frases acima são ditas frequentemente nas redes sociais, não é?

E quem (ainda) “comanda” esse nosso espaço social é o homem branco, cisgênero, pai de família, ‘religioso’, hétero e que acredita que a meritocracia salva a nossa sociedade (Zzzz…).

Uma pessoa que, na maioria dos casos, é representada como alguém que tem 0 capacidade de se colocar no lugar das minorias da nossa sociedade brasileira e entender como pode desenvolver práticas para fazer uma sociedade inclusiva.

E esse indivíduo acaba compartilhando valores para criar um ambiente social que, muitas vezes, são discriminatórios.

E sem nenhum espaço para diálogo e ver a vida com outro olhos, além do seu padrão de certo e errado, é ou não é, pode ou não pode.

  • Em outras palavras, a nossa sociedade hoje tira conclusões precipitadas das pessoas por intermédio da sua capacidade reflexiva egocêntrica sem se dar o trabalho de se colocar no lugar do outro.

Calma, viu! E não vou tirar o meu da reta não, ao contrário…

Tô o colocando a partir de agora!

E eu não estou imune disso, eu não estou imune ter tido valores que enfatizaram discriminações e preconceitos sociais, que, como eu gosto de dizer, são pingados inconscientemente no nosso dia a dia, justamente por essa sociedade doente.

Eu já fui a pessoa que, por muitos anos, mesmo convivendo dentro da comunidade LGBT+, detestava show de drag queen.

O meu (vergonhoso) pensamento era que:

“Elas não nos representam, é muito over, é muito brilho e paetês. E nós, não somos assim no nosso dia a dia! Elas não nos representam”.

Oi? Quem me disse que as drags não representam a comunidade LGBT?

Aliás, quem disse que precisamos de alguma representação?

Sim, eu estava tirando conclusões precipitadas, preconceituosas e LGBTfóbicas sobre um grupo de pessoas que:

– Eu não convivia;
– Eu não conhecia pessoalmente – seja no palco ou fora do mesmo;
– Eu não tinha experiências compartilhadas com elas para mudar a minha mentalidade;
– Nunca fui atrás de informações sobre esse universo das drags para atualizar o meu repertório e entender quais eram os objetivos e as vivências dessas pessoas.

Diante de um posicionamento autoritário e preconceituoso da minha parte, eu, Maira, julgava o grupo de drag queens, baseando nas minhas referências pessoais, sem me dar o trabalho para pensar como eu estava sendo incoerente comigo mesmo e do eu queria do mundo.

Como pode alguém que deseja ser livre, se relacionar com outra mulher, rompendo os padrões da sociedade, não reconhecer também a liberdade das drags ao se apresentarem em um palco, ao se vestirem como quiserem e onde quiserem?

E por que eu tinha que me sentir representada por elas, sendo que, antes de tudo, elas estavam representando elas e expressando as suas diversidades?

Entende, como o meu ego preconceituoso estava gritando e eu não estava ouvindo?

A Culpa é da Mentalidade de Escassez

Foi quando eu me toquei:

Pera…. Como é?

  • Como eu posso cobrar dos outros algo que não dou para as pessoas?
  • Como eu posso ter chegado nesse nível se pensamento sem eu ter me dado conta?
  • Como me sinto escrava desses meus valores tão errados, preconceituosos e incoerentes?
  • Como eu posso romper esses valores, até então, inconscientes e construir uma nova mentalidade, novas atitudes para ser uma pessoa inclusiva?

E assim, começaram a surgir na minha mente vários “como”, mas respostas para essas indagações que precisava… Nada!

Vivia em um ciclo de questionamentos sem respostas!

Nesse momento, comecei a perceber que eu estava também vivendo a vida no modo escassez.

Será que você vive ou viveu nesse modo também?

Ao meu ver, uma das piores coisas que uma das Leis de Newton, o Princípio da Impenetrabilidade de Corpos, propôs foi:

“Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo”.

Ou seja, a longo prazo, alguém vai ganhar e alguém vai perder. É cruel ler isso, mas é a mais pura verdade.

Esse é o “jogo da vida” apresentado acima. Essa é a mensagem que o “querido” Isaac Newton deixou para a humanidade.

(lembrando que não Newton a única pessoa chegou à conclusão desse princípio.)

Vou ser bem direta:

Você pensa na sua vida modo de escassez (dois corpos não ocupam o mesmo espaço) ou de abundância (todos os corpos podem ocupar o mesmo espaço)?

Trazendo isso para o nosso dia a dia:

  • Você acredita que homens devem dominar um espaço e as mulheres obedeceram eles?
  • Ou acredita que homens e mulheres podem ocupar o mesmo espaço?
  • Você acredita que heterossexuais devem se casar e o errado é ser uma pessoa LGBT na nossa sociedade que também busca se casar com quem ama?
  • Ou acredita que há espaço para todo mundo viver o amor com os seus respectivos pares?

Pois é, com muito pesar no coração, eu digo:

Eu vivia (inconscientemente) no modo escassez.

Falo inconscientemente porque nunca paramos para pensar nisso. Ou você já?

Eu só pensava em mim, nos meus princípios e nos meus desejos.

(será que você é ou também foi assim?)

Eu só acreditava nos meus conceitos sem ir atrás de mais informações, vivências, conhecimentos de pessoas e do mundo ao meu redor.

Eu realmente queria a minha liberdade e foda-se a liberdade dos outros.

Desculpe-me se esse é um dos textos mais duros e sinceros que você já leu no meu blog.

Nele, eu realmente preciso te mostrar que eu também já tive atitudes para lá de preconceituosas até estar em busca, diariamente, de ser uma pessoa inclusiva e livre de pré-conceitos.

Eu também já pisei na bola e não é lindo reconhecer isso, publicamente, na Internet – principalmente, quando você é vista por muita gente como alguém que fala sobre diversidade, inclusão e o universo LGBT.

Só que eu também acredito que tudo isso faz parte do processo de crescimento, de amadurecimento, de reflexão e de transformação, de um ser inconsciente e preconceituoso para alguém inclusivo e que pensa no próximo como pensa em si.

Isso fazer parte de desenvolver uma visão de abundância. Só que eu sei também que para chegar até aqui não é fácil, viu!

São muitas pedras no caminho, são muitas contradições pessoais e poucas (para não diz nenhuma) ajuda – até porque que, né, no fundo, a gente tem vergonha de assumir alguns pensamentos e visões preconceituosas para as pessoas ao nosso redor, não é?

Também não há um manual para nos dizer “detectei preconceito e discriminação em mim, e agora? Ativar… Pensamento inclusivo!”.

Nós não somos super-heróis e nem temos superpoderes mentais (quem dera, né?).

Agora, se você me permitir, eu quero muito te ajudar nesse processo de ser uma pessoa melhor (dar aquela ajuda que eu precisei e não tive a quem recorrer).

Se sim, daqui para frente, vou compartilhar com você alguns passos que foram aqueles que eu exatamente fiz para mudar todo o padrão de preconceito e discriminação que eu fui detectando ao longo dessa minha jornada para se tornar uma pessoa inclusiva.

Vamos nessa?

1º) – Comprometa-se Já com a sua Mudança

Nada acontece se você não reconhecer que precisa mudar. Não adianta ler esse texto, depois, fechar a janela e dizer…

Pronto, mudei!

Mudar não é de roupa, não é de clima, não é de cidade, não é só porque o seu Saturno está em quadratura com a Lua.

Não são essas mudanças que eu estou falando, mas sim de você mudar você!

Aceitar a mudança é um processo diário, é algo que você se compromete a dar pequenas passos em direção a ser um ser humano melhor.

E isso é para a vida toda!

2º) – Você Precisa Conhecer Pessoas

Ok, não adianta se comprometer em mudar se você continua andando com as mesmas pessoas, frequentando os mesmos ambientes e tendo como referências as mesmas informações e valores.

Hoje, com a Internet, você pode ter um mar de referências e visões de mundo totalmente opostas às suas com 2 cliques.

Para isso, explore os grupos de minorias no Facebook.

Você só precisa entrar lá, nem precisa postar algo.

É só analisar o que as pessoas falam, como falam, do que falam.

Se você fizer isso, todo dia, no mínimo, 30 minutos, você vai ver como a longo prazo terá outras referências, aprendizados e informações.

3º) – Aceita a Diversidade que Há em Você e no Outro

Eu não me canso de falar que conhecer as pessoas diferentes e aprender com elas são as coisas mais lindas desse mundo.

Somos diversos sim, somos diferentes sim.

E pronto! Não há nada mal nisso.

Aliás, quem vê algum problema nisso, está muito apegado / apegada na sua mentalidade de escassez porque vê só uma única diversidade.

Eu não entendo…

– Por que temos dificuldade em aceitar que há diferenças entre nós?

– Por que tudo tem que ser encaixado em um padrão dominador, de medo, de invisibilidade do outro?

Se as pessoas olhassem o mundo LGBT como algo natural, normal, do ser humano, aceitando a abundância que há na vida, com certeza, esse número não iria existir, né?

E o resultado desse dado reflete que a nossa sociedade é manchada pelo sangue de pessoas LGBTs que só queriam ser felizes, se amando e sendo elas mesmas.

E muitas morreram tentando viver a sua essência.

Logo, mudar esse cenário depende de mim e de você.

Depende do que a gente diz, como a gente diz e para quem a gente diz.

Mudar esse cenário é reconhecer os nossos preconceitos e discriminações internas e querer mudá-los agora.

Mudar esse cenário é nos desconstruir e reconstruir a cada minuto.

Precisamos parar e refletir sobre nossos valores.

Acima, de tudo, precisamos, analisar os nossos discursos e quais valores ali se encontram.

Precisamos tornar conscientes nossas atitudes e posicionamentos mais retrógrados para que possamos rompê-los ao questioná-los.

Você tem pensar sobre o que lhe veem à mente, depois refletir exatamente sobre essa mensagem, de forma literal, e depois começar a se perguntar:

– Por que eu estou pensando nisso?

– Onde achei isso como referência?

– Quem me ensinou assim?

– O que isso impacta na minha vida?

– O que isso impacta na vida das outras pessoas?

– Isso me leva para uma mentalidade de escassez ou abundância?

Análise de discursos, ao meu ver, é prática mais inclusiva que existe e faz você refletir, a todo segundo, sobre os seus mais estranhos valores que, até então, não eram conscientes.

Isso não é fácil, dói, mas dá um medo gigantesco porque você se pergunta:

O que será que eu vou me deparar, ao ter essa conversa com o meu EU mais íntimo?

Agora, você pode fazer isso tudo sozinho / sozinha sem um método. Ou pode dar…

O Próximo Passo

Se você chegou até aqui demonstra que está realmente disposto / disposta a ser uma pessoa melhor e com muita força de vontade para aprender a lidar consigo. E, assim, saber lidar com os outros e o mundo ao seu redor, então eu acredito que você está preparado / preparada para ter acesso a um guia prático que eu desenvolvi e facilita todo esse processo para você.

Se você realmente quer mudar quebrar esses padrões de discriminação e preconceito, eu deixo te convido a seguir meu podcast no Spotify porque lá falo muito mais sobre quebrar preconceitos.

Clique aqui para acompanhá-lo ➜

Por que, afinal, o mundo é de quem quer, muda e faz!

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