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Diversidade & Inclusão

Como Lidar com os Extremos de Comportamento e Posicionamento

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 24 de abril de 2020
4 min de leitura
Como Lidar com os Extremos de Comportamento e Posicionamento
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Eu recebi uma pergunta no LinkedIn sobre como lidar com os extremos de comportamento e posicionamento.

E acho super importante trazer esse texto escrito justamente por mim, já que para muitas pessoas que estão lá na plataforma acreditam que eu tenho um posicionamento bem extremista.

Então vamos para o meu pensamento sobre o tema:

Tudo é uma Questão de Juízo de Valor

O que é extremismo?

O que não é extremismo?

A meu ver, isso é um valor bem pessoal, não é?

Para mim, particularmente, eu não me vejo como extremista, mas sim alguém que tem determinados valores e os apresentam aqui. Simples assim!

Algumas pessoas gostam do que escrevo e outras não.

Paciência…

O que importa é que eu estou confortável com o meu posicionamento, com o que apresento ao mundo e como eu analiso uma notícia / um posicionamento de uma marca diante do que estudo e trabalho com diversidade e inclusão.

Então o primeiro passo é entender:

  • O que é extremismo e o que não para você?
  • Por que eu acho que aquela pessoa está sendo extremista?
  • Diante dos meus valores, o que acredito que pode ser diferente?

Aqui, vai outro ponto muito importante:

Só porque você acha que uma pessoa é extremista não quer dizer que ela tem que deixar e, sequer, fazer as coisas conforme o que você acha correto, sabe…

Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Os seus valores são seus e ponto. Ninguém tem que encaixar naquilo que é seu para sequer te agradar.

Aliás, ninguém tem a obrigação de agradar ninguém.

As pessoas têm a obrigação de serem as melhores versões para elas mesmas. E só.

Então…

“Visões Extremistas” Sempre Existirão: Aceite Isso e Pare de Sofrer

Esses juízos de valores sempre vão existir.

E, ao invés de ficar apontando o dedo para as pessoas, aceite-os.

Agora, trazendo esse tema para a área que eu atuo, diversidade e inclusão corporativa, o negócio é um pouco diferente do que só aceitar ou não a visão de uma pessoa.

A gente está fazendo uma estratégia que impacta na cultura de uma empresa.

O seu valor pessoal é uma coisa. A ação de uma empresa é outra. Explico:

As ações de diversidade e inclusão são baseadas em valores que todes devem seguir, independente daquilo que você acredita ou deixa de acreditar.

Sim, sua visões são, sim, importantes e devem ser respeitadas. Agora, enquanto você estiver representando uma empresa, trabalhando para ela, você deve agir de acordo com aquilo que essa companhia espera de você como um colaborador.

Então se têm pessoas dentro da sua empresa que são extremistas, diante dos valores de diversidade e inclusão da sua empresa, é preciso, inicialmente, controlar a calma e ter paciência, senão vocês vão entrar em uma discussão e isso virará uma bola de neve.

O importante é você tentar um diálogo respondendo com um tom ameno de voz e sem demonstrar alteração.

Também argumentar baseando nas visões e valores de diversidade e inclusão da companhia para que esse colaborador entenda que é uma “regra” para todo mundo e não uma criação única e exclusiva sua, sequer que você está “pegando no pé dele / dela” por isso ou aquilo.

Depois tente ouvi-lo.

Sim, fique calma e ouça tudo o que ela tem para te dizer, por mais imbecil e estranho que possa parecer.

As pessoas extremistas não estão acostumadas com as pessoas que não querem guerra e estão dispostas a escutá-las.

Elas querem o embate, elas querem atenção, elas querem ser notadas e impor as suas visões e atitudes em cima do outro sem olhar de um modo mais global.

Em uma estratégia de diversidade e inclusão, você age conforme os valores de uma empresa e metas de aonde quer chegar.

Trabalhamos em cima de um mapa que vai te guiar para uma mudança cultural.

Então quando há debates extremistas internos, é necessário trazer para realidade de um plano de negócio.

Sim, escute os outros – com uma baita atenção e paciência do cão – porque depois que ela lhe falou o que ela tinha que falar, pergunte a mesma se ela agora pode te escutar.

A partir daí:

  • Então questione como ela acha que poderia resolver o número do Brasil como o país que mais mata LGBT+ do mundo, por exemplo…
  • E como ela acredita que LGBT+ poderiam ter os menos direitos de casais héteros, aliás, por que nós não deveríamos tê-los?
  • Por que ela pode ir e vir, ter a família que tiver, os direitos que desejar e nós não?
  • Como ela acredita que a empresa deveria atuar com as pessoas LGBT+?
  • Apresente os valores da sua empresa e pergunte a sua sugestão de como devem agir em X e Y cenários.

É claro que tudo isso são simples hipóteses e você deve adaptar cada uma para a sua realidade.

O que eu estou querendo te trazer é um exercício para fazer com essa pessoa da seguinte forma:

Saia do achismo (por mais que isso pode ter como resposta dela) e apresente como tudo funciona, mostre basicamente como é um plano de diversidade e inclusão e a realidade social.

Apresente também como a empresa está atuando porque, muitas vezes, essa pessoa tem uma visão parcial de uma estratégia mais completa e complexa.

Queremos trazer essa pessoa para “o nosso time”, fazendo ela entender que mesmo “sendo tão iguais” somos também muito diferentes e precisamos pensar em todes, para isso começa sempre com:

INFORMAÇÃO!

Eu acredito que assim ela vai começar a pensar logicamente no assunto, mas vai aceitá-lo se você tocar a alma do outro, principalmente de quem é extreminista e LGBTfóbico.

Então trabalhe com afinco para começar um processo de mudança de mentalidade dela – que não é fácil, mas também não é impossível. E uma boa sorte – você vai precisar!

Por fim, eu deixarei uma dica bônus…

Eu tenho debatido muito sobre tudo isso, sobre preconceito, cenário atual e extremismo com o pessoal que faz o meu curso de aliado diversidade e inclusão.

Se você procura se engajar mais no tema e se interessa em saber mais, clique aqui.

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