Se você está lendo esse texto é porque sabe que temos um enorme desafio em relação à inclusão ou diversidade LGBT+ nas empresas hoje, certo?
E alguns deles são:
- Entre tanto perfis de pessoas que nos rodeiam, como podemos “equilibrar os pratos” para que todos e todas sejam incluídos / incluídas e respeitados / respeitadas em um mesmo espaço?
- Como balancear tudo para não termos que escolher entre comunicação, inclusão ou diversidade?
- Como podemos monitorar e reconhecer os nossos preconceitos para então deixar de tê-los?
- Como podemos nos conectar às pessoas autoridades em diversidade para que elas nos auxiliem a mapear e a mudar os nossos padrões de comportamento?
- Como desenvolver um incrível programa de diversidade LGBT+, sendo que, muitas vezes, não temos um tostão para colocar ações em prática?
São tantas as questões que nos rodeiam, então, começaremos do básico do básico.
Não Adianta SÓ Respeitar as Pessoas
Se a gente analisar a palavra diversidade, segundo o dicionário online Michaelis, a definição é:
- Qualidade daquilo que é diverso, diferente, dessemelhança, variação e variedade.
Ou seja, no primeiro item dessa definição é “aquilo que é diverso”. Logo, entre a minha diversidade e a sua diversidade, como encontramos “a nossa” diversidade.
Daí, temos algumas questões aqui:
- Como essa “nossa diversidade” pode ser força propulsora de discussões incríveis e que impactam tanto a mim quanto a você?
- Como essa “nossa diversidade” pode ficar ‘isenta’ de preconceitos para formar uma “organização” com foco na nossa evolução?
Há um ditado popular que pode nos dá um direcionamento para essa discussão:
- A minha liberdade termina onde começa a do outro.
Então, a única regra na qual precisamos nos atentar aqui é que a diversidade sociocultural e biológica é a base da nossa existência — isso independente de eu ou você a aceitarmos. E, claro, isso impacta na liberdade que temos / damos para as pessoas.
Somos diversos, somos diferentes e, como sempre digo, isso é maravilhoso!
Pronto. Algo simples e tão cristalino como água. Mas que, às vezes, há uma dificuldade gigantesca de tal entendimento.
- Se você compreende isso, que a diversidade existe e sempre existirá, é bem mais simples “aceitar as leis” referentes ao respeito, liberdade, conexão com as pessoas e foco no nosso crescimento.
Quando a gente entende o conceito da “nossa diversidade”, começamos a pensar em inclusão, algo que vai além do respeito – para entender exatamente, super recomendo você ler esse meu texto sobre diversidade e inclusão.
Eu sempre digo que se a solução para destrinchar os pepinos do mundo fosse SÓ ter respeito, oferecer respeito, seria bem mais fácil resolver tudo isso.
- Respeito é só uma pontinha desse iceberg chamado ações inclusivas.
E essas ações podem ser feitas por mim, por você, por um governo, por uma escola e, claro, pelas empresas.
Como Desenvolver Ações nas Empresas sem que Tenha que Escolher entre Comunicação, Inclusão ou Diversidade?
Ao pensarmos em ações inclusivas para empresas, elas podem sendo feitas por nnnn departamentos, que precisam estar conectados em prol de algo maior, que é a cultura da sua empresa / os próximos passos da mesma. Mas não devem ter que serem feitas para escolher entre comunicação, inclusão ou diversidade.
É como se uma ação inclusiva fosse uma música que precisa ser tocada por uma orquestra, representada aqui por uma empresa.
Aqui, indico o que você deve fazer para desenvolver uma “partitura” específica para a orquestra da sua empresa.
Ah, quero confessar algo: precisamos falar sobre comunicação, diversidade e empresas.
Hoje, vemos uma “tendência” de muitas empresas começando a trabalhar com diversidade LGBT+ por intermédio das ações de marketing. E por mais incríveis (pelo menos, para mim, claro) que sejam ainda há uma dificuldade de “explorar” o tema, sem soarem de forma clichê, apresentando exatamente a diversidade da qual fazemos parte.
Ok, Maira…
Mas o que tudo isso tem a ver com ações inclusivas?
Oras, tem tudo a ver!
- A comunicação por si só é o ato de levar uma mensagem a um receptor, seja você uma empresa ou uma pessoa física.
O que eu quero aqui é apresentar a possibilidade de conectar a inclusão com a comunicação de forma íntegra e real.
As ações inclusivas que venho falando acima estão focadas em um ato de se comunicar, de tornar um discurso que todas e todos se sintam ok ao receberem uma mensagem.
É a partir de uma mensagem (discurso, linguagem corporal, assinaturas, objetos, produtos audiovisuais, símbolos e a escrita) que realmente conseguimos criar esse ambiente que é a “nossa diversidade”.
Tudo isso, claro, usando os meios de comunicação.
Então, novamente, diante disso tudo, temos mais alguns desafios:
- Entendermos que nesse mundo hiperconectado, as expressões de uma pessoa não são únicas e não acontecem em uma só plataforma – utilizamos vários recursos e/ou canais para transmitir uma simples mensagem.
Por exemplo: quantas vezes, você começou escrevendo uma mensagem no WhatsApp e depois mudou para um áudio para complementar a sua comunicação?
- A utilização de diversos recursos comunicacionais é, a meu ver, uma das formas usadas para sermos melhor compreendidos ou para dar maior destaque para algum conteúdo.
No exemplo acima, da mensagem via WhatsApp, a pessoa mandou um áudio na sequência da mensagem escrita porque notou que o texto poderia dar margem à dupla interpretação.
Por essa razão, ela gravou um áudio para explicar melhor o contexto e facilitar o entendimento da sua mensagem. Aliás, quem nunca passou por isso?
Além disso, temos os benefícios da comunicação fundamentada de modo inclusivo, diverso e estratégico:
Seguem alguns deles:
- A comunicação se torna mais cuidadosa, com foco em analisar / resolver comentários preconceituosos e/ou que podem ser considerados racistas, sexistas, machistas, capacitistas, LGBTfóbicos, etc.
- Favorece um ambiente de aprendizado seguro para todos e todas os/as envolvidos / envolvidas.
- Evita a generalização e a discriminação.
- Aborda as necessidades de pessoas de todas as idades, atentando para os seus os contextos culturais, sociais, linguísticos, sexuais, de gênero etc.
- Permite que a mensagem transmitida seja mais clara, memorável e eficaz.
- A comunicação inclusiva não é uma mensagem para o público. Ela tem um foco específico, para um público-alvo único e apresenta certos cuidados.
- Podemos, possivelmente mapeará e entender alguns tipos dos nossos comportamentos.
Para que Serve a Comunicação Inclusiva?
A comunicação inclusiva é vital para o alcance de certos objetivos, metas e oportunidades, desmistificando, principalmente para agências, empreendedores, publicitários, empresas e profissionais liberais, alguns padrões que levam as mensagens serem preconceituosas, LGBTfóbicas, machistas, racistas, etc.
Se quiser saber mais sobre a comunicação inclusiva e como colocar em prática de modo descomplicado, clique aqui.