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Diversidade & Inclusão

A Surpreendente Verdade que Não Te Contaram Sobre Equidade de Gênero

Maira Reis
Escrito por Maira Reis em 7 de fevereiro de 2018
8 min de leitura
A Surpreendente Verdade que Não Te Contaram Sobre Equidade de Gênero
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Cada vez mais, a questão de gênero terá um impacto estrondoso na nossa economia, principalmente porque haverão mais ações de igualdade e equidade de gênero

Eu já falei, nesse ReversaCast, sobre gêneros ao trazer como foco desse podcast uma notícia em que mostra que, nos Estados Unidos, há estudos que apontam a existência de 54 diferentes gêneros.

Se você ainda não escutou esse episódio, recomendo que dê o play já:


Siga agora o ReversaCast para receber os próximos episódios.

Nesse texto, quero aprofundar nesse assunto e trazer mais duas palavrinhas importantes para essa discussão.

Portanto, logo mais, você entenderá:

– Qual é a definição que eu entendo e explico quando me perguntam: o que é gênero?

– A diferença entre igualdade e equidade de gênero;

– Qual será o futuro da humanidade em relação a tudo isso, principalmente na questão de equidade de gênero.

Então bora lá!

Afinal o que é Gênero?

A resposta para essa pergunta vale um milhão e infinitos textos nesse blog (rs!).

Você pode encontrar nnnnn definições que foram publicadas por nnnn estudiosos / estudiosas.

Para dar um norte para a nossa discussão, resolvi apresentar a frase de uma amiga: Simone de Beauvoir.

Na sua obra, “O Segundo Sexo”, ela diz que…

Não se nasce mulher, se chega a sê-lo.

É claro que essa afirmação da Simone em si não é sobre gênero, mas sim sobre o “ser mulher” (inclusive, suponho que você deve até estar pensando que eu a trouxe aqui porque eu também sou mulher. Não, nada disso!).

Apresento essa frase porque ela tem algo de incrível:

Se toda mulher “não se nasce mulher”, mas se torna, segundo a filósofa, então gênero é como uma pessoa se reconhece, certo?

Ah, esse conceito, muitas vezes, é interpretado por um viés polêmico – inclusive, é justamente por causa dessa visão que há um discurso de ódio intenso compartilhado pelas pessoas mais conservadoras da nossa sociedade para rebatê-lo.

Eu não vou me aprofundar nesse tema e nem rebater tais discursos (não nesse texto) e muito menos discutir questões biológicas – nem nos comentários – porque, novamente, esse não é o foco central desse conteúdo.

O que eu quero é trazer uma outra mulher incrível para complementar essa frase da Simone e assim você entender aonde quero chegar com tudo isso.

De acordo com Judith Butler, autora de “Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade”:

Gênero é uma construção social, sendo algo a ser formado ao longo dos anos.

Antes que alguém me xingue nos comentários, eu sei que a Judith tem produções que criticam os pensamentos da Simone.

Assim como há nnnn teses acadêmicas que fazem a mesma coisa, a mesma análise.

Eu sei, tá!

E mesmo assim que as trouxe aqui por um único viés:

Nas suas teorias apresentadas pelas autoras, o que me chama a atenção que, de certa forma, elas pregam a liberdade.

O que eu quero dizer é quando nos deparamos com a Teoria Queer, tese da qual Judith Butler é a mãe, a autora não propõe uma norma, ou seja, gênero é isso, masculino é aquilo e pronto.

Ao contrário, Butler fala para nos livrarmos das nossas amarras mais internas e empoderar os nossos corpos.

Ou seja, algo que também a Simone propõe com tal frase e interpretaremos aqui como:

Se empodere de algo para que se torne aquilo que se deseja (no caso, o ser mulher!).

Agora, vou dar a visão da Maira, ok?

Se você já teve contato com algum dos meus conteúdo, deve ter me visto dizer, escrever e compartilhar que…

Gênero é como você quer ser reconhecida ou reconhecido perante o mundo.

Ser reconhecido ou reconhecida é se empoderar da sua essência, a colocando para fora de si, ao expressá-la para as demais pessoas.

E aqui, vamos além do binarismo de gênero (homem e mulher) para também dar visibilidade para as pessoas não-binárias, travesti, mulheres trans, homens trans, gênero fluido, gênero neutro, queers, genderqueer, etc.

Para entender exatamente a possibilidade de você ser reconhecido / reconhecida como se deseja, precisamos também trazer duas palavras importantes para esse assunto: igualdade de gênero e equidade de gênero.

Eu vou explicar a diferença entre um e outro abaixo, mas antes quero fazer um alerta:

Para você entender a diferença entre igualdade e equidade de gênero, vou, nesse texto, dar exemplos a partir do binarismo de gênero, ou seja, homem e mulher.

Daí, você pode me questionar:

– Então porque acima você apresentou nnn possibilidades de sermos reconhecidos / reconhecidas perante a nossa sociedade se agora se focará em trazer lições que mostram situações só entre homens e mulheres?

Esse é um texto introdutório sobre a questão de gênero.

Logo, como você leu acima, disse que iria dar a minha definição sobre “o que é gênero”. E foi o que apresentei a você!

Em uma outra oportunidade, podemos aprofundar no assunto de igualdade e equidade voltando para a multiplicidade das pessoas e suas formas de estarem no mundo, ok?

(Ah, se quiser que eu escreva sobre isso em um próximo texto, me deixe um comentário abaixo para eu saber que esse é um tema que você se interessa, beleza?)

Portanto, vamos lá!

A Diferença entre Equidade de Gênero e Igualdade de Gênero?

Equidade: podemos definir como maneiras de se fazer justiça e dar oportunidades para as pessoas independentemente do seu gênero.
Igualdade: podemos definir como direitos idênticos e promover ações que deem chances iguais independentemente do gênero das pessoas.

Quando se fala em equidade de gênero é natural as pessoas confundirem com igualdade de gênero.

Por isso, vamos esclarecer ainda mais essas duas expressões:

A igualdade reconhece que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos, responsabilidades e oportunidades, considerando que há comportamentos, aspirações e necessidades diferentes.

É importante, principalmente, nesse caso deixar de lado os estereótipos e os preconceitos.

Agora, quando falamos em equidade é como iremos tratar homens e mulheres de acordo com as suas necessidades, porém considerando que eles e elas têm os mesmos direitos, benefícios, obrigações e oportunidades.

Eis aqui um resumo simples e fácil para a sua total compreensão:

Na questão da igualdade de gênero é criado um ponto de partida para todas as pessoas sem pensar no seu gênero – mesmo sabendo que são diferenças entre elas.
Já na questão da equidade de gênero é criado um ponto de chegada para todas as pessoas – sem que elas recebam distinções e privilégios por serem distintas.

Exemplificando tudo isso, temos o seguinte:

Igualdade de gênero: propor ações iguais para que dê acesso aos homens e as mulheres praticarem natação, mesmo entendendo que cada um tem a sua necessidade para realizar tal prática.

Equidade de gênero: propor ações para que não só aumentem o número de homens e de mulheres que praticam natação como também reconheçam todos eles e elas como praticantes de tal esporte. E ao fazer tudo isso não há nenhum privilegio ou distinção.

Novamente, esse é um exemplo e não vou entrar no mérito de que estamos separando cada pessoa ao propor que pratiquem em X categoria e de acordo com o seu gênero.

Acredito que não há como falar de equidade sem pensar em igualdade e vice-versa.

Atualmente, estamos vivendo um cenário, ao meu ver, claro, em que a igualdade de gênero é muito mais falada do que a equidade.

Eu entendo, até porque, como disse, acima, a igualdade é uma partida e a equidade é uma chegada.

E, hoje, muitas empresas, ONGs e marcas estão promovendo ações de igualdade de gênero – o que é realmente incrível e deve ser comemorado!

Só que ao começar a propor a igualdade, logo se tem a equidade.

Então, de certa forma:

A equidade leva a igualdade.

Ao propor um ambiente em que as oportunidades para todos os gêneros não são limitadas realmente a essa questão, temos como impacto:

1º) – A redução dos preconceitos que criará um ambiente de igualidade;

2º) – A melhora dos resultados, principalmente econômicos quando ações de equidades de gêneros são implantadas em empresas;

3º) – A superação da diferença entre os gêneros , pois proporcionará um ambiente cheio de empatia.

E daqui para futuro: por que precisamos avançar

Eu realmente acredito que daqui para o futuro veremos mais ações de igualdade e equidade de gênero, principalmente realizadas por empresas e marcas.

Como já disse acima, não dá para falar de um tema sem conectar o outro e vice-versa – e talvez, por isso, cada vez mais, iremos nos deparar com essas expressões sendo difundidas, faladas, compartilhadas no nosso dia a dia e nas redes sociais.

E o que eu quero que fique claro nesse texto é que realizar tais ações não são só uma questão de cidadania, mas sim de economia.

Ao dar os mesmo direitos para as pessoas desenvolvemos uma sociedade mais próspera.

Para você entender como isso é importante, vou trazer um dado apresentado pelo relatório “The Global Gender Gap Report 2015”, produzido pelo Fórum Econômico Mundial.

A informação diz que apesar do mundo ter avançado nas questões de gênero, as desigualdades ainda permanecem absurdamente por aí.

O documento mostra que levará os próximos 118 anos para que a diferença econômica entre homens e mulheres no mundo seja exterminada.

Diante desse número, não é à toa que, no começo de 2018, a Islândia criou uma lei que exige a igualdade de salários entre homens e mulheres – inclusive, ela é o primeiro país do mundo que instituiu tal norma.

Portanto as empresas / marcas que forem visionárias e começarem a propor ações de equidade de gênero obterão possivelmente os seguintes resultados a longo prazo:

  • Um impacto positivo no seu branding de forma imaginável;
  • Diferenciação da concorrência de forma espetacular;
  • Reconhecidas por trabalharem pela qualidade de vida dos seus / das suas colaboradores / colaboradoras;
  • Valorização do seu balanço social;
  • O desenvolvimento de um ambiente diverso – motor fundamental para a criatividade e inovação de uma empresa;
  • E, claro, como bônus estar trabalhando em prol da cidadania e melhora da nossa economia.

É assim que vejo como serão as empresas do futuro e que terão vida longa no mercado.

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